SUPERTAÇA: Irregulares FC Porto e Benfica lutam por último troféu de ano atípico

Os irregulares FC Porto e Benfica, subalternizados pelo Sporting na I Liga de futebol, disputam hoje, quarta-feira, a Supertaça Cândido de Oliveira, o primeiro título nacional da época 2020/21 e último do atípico ano de 2020.

Em Aveiro, em nova ‘final’ sem público, culpa da pandemia da covid-19, os comandados de Sérgio Conceição surgem com maior dose de favoritismo do que o ‘onze de Jorge Jesus, pela consistência, nomeadamente defensiva, um sempre maior ‘apetite’ nestes jogos e ainda pelo histórico entre os dois conjuntos na prova.

Os números da temporada, e volvidos três meses, são, porém, similares, já que ambas as equipas sofreram três derrotas – uma em casa e duas fora -, com o FC Porto, com menos um jogo, a marcar menos (41 contra 49), mas também a sofrer menos (18 contra 23).

Os portistas perderam por 3-1 no reduto do ‘todo poderoso’ Manchester City, na ‘Champions’, e, no campeonato, foram derrotados em casa pelo Marítimo (terceira jornada) e em Paços de Ferreira (sexta), em ambas as ocasiões por 3-2.

Por seu lado, os ‘encarnados’ perderam por 2-1 com o PAOK, em Salónica, ficando desde logo fora da Liga dos Campeões, e, na I Liga, sofreram derrotas consecutivos com Boavista (0-3 fora, à sexta ronda) e Sporting de Braga (2-3 em casa, à sétima).

A estes desaires, os ‘dragões’ acrescentam dois empates, um em Alvalade (2-2, para o campeonato) e outro na receção aos ‘citizens’ (0-0), e as ‘águias’ quatro, três na Liga Europa e um na Taça da Liga, este ‘transformado’ em triunfo no desempate por penáltis, face ao Vitória de Guimarães.

Em matéria de vitórias, o FC Porto pode dizer que venceu duas vezes o Olympiacos e outras tantas o Marselha e que, no campeonato, e ao contrário do Benfica, superou em casa o Sporting de Braga (3-1) e goleou no Bessa (5-0).

Quanto ao Benfica, destaque para três expressivos triunfos em reduto alheio, com Famalicão (5-1), Rio Ave (3-0) e Lech Poznan (4-2), todos no início da época, em setembro e outubro, e às quais as ‘águias’ não conseguiram dar sequência.

Além dos números, os ‘dragões’ têm sido a equipa habitual na ‘era’ Sérgio Conceição, um conjunto que liga ‘zero’ ao conceito do espetáculo e privilegia, sem ‘remorsos’, o resultado, sendo capaz de, se necessário, ‘dar’ o comando ao adversário e defender.

Por vezes, a ‘especulação’ não dá resultado, como aconteceu em Alvalade, onde o FC Porto ‘abdicou’ de jogar e deixou fugir uma vantagem de 2-1 no fim, mas, na maioria das vezes, os portistas sabem sofrer e controlar os jogos ‘sem’ bola.

Já o Benfica, dá sempre a ideia que não consegue controlar os adversários, face a ‘anormal’ acumulação de erros defensivos, dos individuais, com o ex-portista Otamendi como principal rosto, aos coletivos. Muitas vezes, vale Vlachodimos.

Em termos exibicionais, ainda não se vislumbrou nada que se pareça com uma equipa a “jogar o triplo” ou a “arrasar”, que o regressado Jorge Jesus prometera, sem bem que a equipa jogue sempre, ou tente jogar, um futebol positivo, para a frente.

Em Aveiro, não se esperam grandes novidades nos dois conjuntos, sendo que o experiente central Pepe deverá ser a grande ausência nos ‘dragões’ e o lateral direito André Almeida, com lesão para durar até final da época, a principal baixa nas ‘águias’.

Conceição poderá fazer alinhar Manafá, Mbemba, Sarr e Zaidu, à frente de Marchesín, um meio-campo com Sérgio Oliveira, Uribe e Otávio e um ataque com Corona, Luis Díaz e Marega.

Do outro lado, Vlachodimos, na baliza, Gilberto, Otamendi, Vertonghen e Grimaldo, na defesa, Gabriel e Taarabt, como médios centrais, Rafa e Everton, nos extremos, e Pizzi nas costas de Darwin Núñez serão, possivelmente, os eleitos de Jesus.

O encontro entre o FC Porto e o Benfica, da 42.ª edição da Supertaça Cândido de Oliveira em futebol, realiza-se hoje, pelas 20:45 locais (3:45 pm na Costa Leste dos EUA), no Estádio Municipal de Aveiro.